Defesa de Classe

A Saúde suplementar

Dr. Rodrigo José Ramalho


A Associação Paulista de Medicina de São José do Rio Preto realizou nesse mês reuniões com duas operadoras de saúde em nossa região. Com nossa participação e com a presença dos colegas Antonio Abrão e Leandro Colturato, respectivamente nosso diretor de Defesa Profissional e Diretor Distrital da APM estadual, discutimos algumas propostas que podem ser encontradas com mais detalhes nessa edição.

Externamos o cálculo do valor da consulta em R$200,00, com o objetivo de repor as perdas inflacionárias dos últimos 20 anos. Esse número tem um aspecto simbólico de resgatar a valorização do trabalho médico, principalmente dos colegas clínicos que não realizam nenhum procedimento cirúrgico ou diagnóstico. Tanto a Unimed quanto o Bensaúde, as duas empresas que nos receberam, reconhecem que os atuais valores não condizem com a qualidade dos serviços prestados por todos nós, mas ainda permanecem receosas em meio a atual conjuntura econômica e o mercado de saúde privada. As duas operadoras reiteraram os elevados gastos escalonados em relação as terapias do espectro autista (TEA), tentando soluções como por exemplo aumentar a gama de serviços próprios, mitigando os custos e otimizando os recursos no tratamento dessas patologias.

 Já agendamos reunião também com o Austaclínicas, operadora que recentemente passou por 2 processos de venda e vem tentando se equilibrar financeiramente. Esperamos a mesma receptividade e colaboração com a qual fomos recebidos pelas operadoras já visitadas.  Dentre os demais convênios que se sobressaem em nossa cidade e região, fica faltando a Hapvida. Sabidamente uma operadora que vilipendia o trabalho médico, com um histórico de exploração da nossa classe, esses planos predadores são mal avaliados tanto pelos usuários quanto pelos médicos e médicas, praticando rotineiramente o cerceamento do pleno ato médico e prejudicando a qualidade do atendimento aos pacientes. Na ocasião da venda do antigo HB Saúde, nos posicionamos e criticamos, mostrando aos colegas o “modus operandi” de uma operadora não compromissada com a qualidade.

A excelência da assistência médica praticada nos transformou em um polo de competência reconhecido nacionalmente, com hospitais, clínicas e institutos magníficos, prestando serviços com esmero e ética profissional ímpar. Nossas reivindicações são para garantir esse reconhecimento também no aspecto financeiro, propiciando tranquilidade no exercício pleno da medicina em nossa região. Seguimos na luta!


Dr. Rodrigo José Ramalho é presidente da APM Rio Preto.