A escolha do regime tributário e a economia de impostos
José
Eduardo Rissi
O regime de
tributação interfere diretamente no valor do imposto a pagar pelo CNPJ. Por
isso, na hora de definir qual regime tributário será adotado, é preciso muita
atenção, cautela e orientação de um contador.
Ao escolher corretamente, a pessoa física evitará problemas com a
Receita Federal como multas, autuações entre outras dores de cabeça, além de
evitar o pagamento de tributos incorretos ou desnecessários.
O regime de
tributação é um sistema que estabelece a cobrança de impostos de cada CNPJ,
referente à arrecadação total, e varia de acordo com porte, atividade exercida,
faturamento, etc.
Os três
tipos mais adotados no Brasil são o Lucro Real, Lucro Presumido e Simples
Nacional. O leque de opções é amplo, mas a maior vantagem é a possiblidade de
escolha, de acordo com o perfil econômico da empresa. Cada regime tem suas
particularidades, exigências e tributação. Por isso, é extremamente importante
a avaliação, por um especialista, para que sejam seguidos os padrões e
necessidades do CNPJ (e isso também engloba clínicas médicas).
No Lucro
Real a tributação é calculada por meio de apurações de lançamentos contábeis,
os quais geram receitas, custos e despesas. Por mais que ele esteja presente,
normalmente em empresas de maior porte, algumas de pequeno porte optam por ele
devido ao planejamento tributário, mesmo cientes de que a “pressão” seja
grande.
O Lucro
Presumido é viável para empresas que têm o faturamento de até 78 milhões de
reais por ano, sendo uma boa alternativa para as clínicas. Nesse regime, a base
de cálculo adotada para a tributação é um percentual sobre a receita.
Por último,
e não menos importante, gostaria de explicar brevemente sobre o Simples
Nacional, que é mais interessante para pequenas empresas, porém que têm margem
de lucro alta. Por outro lado, também é viável para quem tem uma margem menor
de faturamento, já que aumenta o percentual para pagamentos dos impostos.
Gostaria de
reforçar que o planejamento tributário é muito importante tanto para quem já
está com a clínica em atividade quanto para aquele profissional que pretende prestar
serviços de forma individual dentro de hospitais. Visto isso, existe a
necessidade de analisar a atual situação da clínica, englobando não só o regime
tributário, mas também a estrutura societária, folha de pagamento, entre
outros. Levando em consideração esses aspectos, haverá a possibilidade de
restituir tributos, compensar créditos tributários, adotar mudanças ou novos
meios para resolver erros, levando assim, a redução da carga tributária.
José Eduardo Rissi é diretor da Rissi Contabilidade Médica.